Estratégia de IA dos EUA esquenta disputa com a China

Em Washington, no dia 16 de julho de 2025, foi apresentado um novo plano nacional norte-americano de inteligência artificial chamado “Winning the Race: America’s AI Action Plan”, elaborado por aliados da candidatura de Donald Trump. O documento visa acelerar o crescimento tecnológico dos EUA frente à China, propondo redução drástica de regulamentações, incentivos à construção de data centers e estímulo à exportação de tecnologias americanas de IA.

O plano exclui temas como mudanças climáticas, diversidade e equidade dos critérios de fomento à inovação. Em resposta, um grupo de organizações civis lançou o “People’s AI Action Plan”, criticando a ausência de direitos digitais, salvaguardas contra vigilância abusiva e proteção trabalhista.

Chuck Whitten, ex-executivo da Dell Technologies, defendeu o plano como uma “medida de guerra digital” necessária. Já Satya Nadella, CEO da Microsoft, alertou que “inovação sem ética é benchmark hacking” — ou seja, prioriza métricas em detrimento do impacto social.

A proposta também é um gesto político: Trump propôs renomear “inteligência artificial”, sugerindo que o termo “artificial” tem conotação negativa. Ele propõe substituí-lo por termos como “inteligência americana” ou “inteligência computacional”, dentro de uma narrativa nacionalista.

O novo plano revela a IA como arma geopolítica. Acelerar sem regulação pode ser estratégico, mas também perigoso para os direitos digitais e o equilíbrio global.

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