Em 16 de julho de 2025, foi oficialmente lançada a AI Aspire, uma nova consultoria dedicada à implementação estratégica de inteligência artificial em empresas de grande porte. A iniciativa é liderada por Andrew Ng, renomado cientista da computação e cofundador do Google Brain e da Coursera, conhecido mundialmente por sua atuação pioneira no ensino e na popularização da IA. A parceria é firmada com a Bain & Company, uma das maiores firmas de consultoria empresarial do mundo, com sede em Boston (EUA) e presença em mais de 30 países.
A AI Aspire nasce com o objetivo de ajudar executivos do mais alto escalão, como CEOs e conselhos administrativos, a superar os obstáculos mais comuns na adoção de IA: falta de clareza estratégica, dificuldade de execução técnica e ausência de cultura organizacional voltada à inovação digital. A equipe de liderança da iniciativa inclui também Chuck Whitten, co-chefe global de operações da Bain, com vasta experiência em transformação empresarial, e Sarah Elk, sócia sênior da Bain especializada em transformação ágil e mudança cultural em grandes organizações. Ao lado deles, Erika Serow, executiva reconhecida na interseção entre tecnologia e varejo, contribui para conectar IA às realidades setoriais.
Um dos pontos centrais da proposta da AI Aspire é transformar os chamados POCs (proofs of concept — provas de conceito) em soluções empresariais escaláveis. POCs surgiram no setor de tecnologia na década de 1980 como forma de testar ideias de forma controlada antes de investir em sua implementação completa. No campo da IA, esses testes se tornaram frequentes a partir de 2015, quando modelos preditivos passaram a ser aplicados em áreas como atendimento ao cliente, logística e análise de dados. No entanto, a grande maioria dessas provas de conceito nunca sai do laboratório — seja por falta de alinhamento com a estratégia do negócio, seja por obstáculos técnicos e operacionais.
A proposta da AI Aspire é justamente resolver esse abismo entre experimentação e adoção real. A consultoria oferecerá serviços que vão desde o mapeamento de oportunidades até a implementação de modelos e a capacitação de equipes, passando também por temas como governança de dados, compliance, segurança e ética. A ideia é que a IA não seja apenas uma tendência tecnológica, mas uma ferramenta concreta de criação de valor — com metas claras, indicadores mensuráveis e acompanhamento executivo. Ao combinar expertise técnica com experiência em gestão de mudanças, a Bain e Andrew Ng esperam reduzir o tempo entre intenção e impacto.
O lançamento da AI Aspire ocorre em um momento estratégico, no qual as empresas buscam não apenas inovação, mas eficiência operacional e diferenciação competitiva. A proposta chega para responder à pergunta que muitos executivos têm feito: como transformar a inteligência artificial em vantagem prática? Com uma abordagem holística, reunindo estratégia, tecnologia e gestão, a nova consultoria pretende se tornar referência global em adoção responsável, eficaz e escalável de IA. Espera-se que as primeiras parcerias empresariais sejam anunciadas ainda no segundo semestre de 2025.
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